Leia aqui um poema de "estátua de sal", de João Barros:
Rio choro
Há um rio que corta a planície
entre a vegetação deserta
um caminho de água
doce e azul; parece as
linhas de um mapa
um rio em que o homem
pesca os frutos do céu
alimenta a própria fome
e sacia uma sede sem fim.
estátua de sal, de joão barros
João de Deus Souza de Barros nasceu em São Luís Gonzaga do Maranhão, no Maranhão, no dia 2 de dezembro de 1983. Desde criança teve contato com a poesia, em forma de cordel, pois seu pai, Seu Manoel, tinha uma coleção de folhetos e, além disso, sabia de cor alguns, que, nas noites escuras da zona rural daquele município, declamava aos filhos. Mas o gosto real pela poesia, a que ele passou a cultivar, veio quando ele tinha uns 14 anos, quando, por acidente, ele encontrou um livrinho de poemas românticos. A partir dali ele começou a devorar livros de poesia e passou a escrevê-las. O poeta é graduado em Letras pela Universidade Estadual do Maranhão – UEMA, é especialista em Língua Portuguesa e Literatura e Mestrando do Programa de Pós-graduação em Letras da Universidade Federal do Maranhão – UFMA. Busca na poesia encontrar-se consigo mesmo e com o outro, entender as peculiaridades da vida contemporânea e como tudo está intimamente ligado, numa relação de troca sem fim. Admira os grandes poetas, Drummond, Bandeira, Pessoa, mas também os menos conhecidos, que ainda não galgaram a fama merecida. Assim, vai fazendo seus versos e alimentando o coração com a poesia de todos os dias.