Leia aqui um poema de "caderno 2 do poeta vermelho", de Natalino Oliveira:
Feitiço
Deixe-me te contar
Palavra é só palavra
Pode ser vazia de significado
O feitiço mesmo ocorre
No sussurrar dos sons
Ao seu coração
Quando desenho um sonho no seu olhar
Quando decoro seu perfume
E tento sentir seu cheiro em minha língua
Palavras são só palavras
É com o som que habito seu corpo
Você abre a porta e me deixa entrar
E que um único verso
Pudesse enfim
Embebedar seus sentidos
E que eu pudesse enfim
Amar seus lábios, seu corpo
Seu sorriso lindo
Infinito
caderno 2 do poeta vermelho, de natalino oliveira
Natalino Oliveira é poeta. Possui licenciatura em Letras Português e Espanhol pela UFMG, mestrado em Teoria da Literatura e doutorado em Literatura Comparada pela mesma instituição. Terminou o doutorado em Literaturas de Língua Portuguesa pela PUC Minas. É membro da Academia Muriaeense de Letras (AMLE) e seu atual presidente. Livros publicados: A estética da dissimulação na literatura de Machado de Assis.,Ex-Farrapos (2018); (ensaio); Rareza (poemas), Ex-Farrapos (poemas) e As cidades de Calvino (poemas).